Bom dia segunda feira,
com o brilho do sol, mas ainda frio, e possibilidade de que a chuva que passou
todo o fim de semana por aqui volte e fique alguns dias mais.
Carta Lisboeta meu blog,
que tento mais não consigo ser disciplinada, volta a colocar mais um texto para
inquietar corações, assim deseja esta autora que não espera reacção nem
comentário mas que todos tenham um bom dia feliz.
Um dos assuntos que me
desperta interesse e me possibilitou a inspiração para escrever é mais uma vez
sobre o futebol, e neste contexto me vem a mente alguns acontecimentos que tem gerado
primeira paginas dos grandes jornais, como, o caso de alguns jogadores que já foram brilhantes e o deixaram de ser, outros que tentam, mas não conseguem o carisma da torcida e outros que nada esperam apenas deseja que seu exemplo possa melhorar o mundo.
Eu penso como leiga que
sou, que não percebo nada de futebol, apenas gosto de assistir a grandes
partidas, me emocionar com dribles perfeitos, e chorar de alegria ao ver meu
time o Glorioso Botafogo ganhando, comemorar cada suspiro e cada gota de
suor que foi derramada pelos 11 jogadores em campo, como não poderia deixar de
ser o que me move é a excelente entrevista de Seedorf, dada ao Jornal O Globo
no domingo:
Seedorf o homem que quer mudar o jogo
O fato dele ser do time do meu coração me deixou mais feliz ainda as suas declarações
as quais aqui destaco alguns trechos, que na minha visão leiga, é o que deveria
ser seguido por todos os jogadores como espírito esportivo:
“Todo lugar é
minha casa. Fico bem onde estiver morando, … Mas é claro que cada um tem suas
origens, e a minha eu não esqueço, porque tenho família e tenho historia.”
Penso que se alguns jogadores tivessem essa consciência da sua verdadeira
origem, talvez os seus actos desesperados de acções ridículas não fossem necessário
e muito menos a desculpa de ser ridículo por ter nascido em uma favela, isso só
mostra e demonstra que certas pessoas não evoluíram e não aprenderam nada com a vida, e que talvez nunca tenham tido realmente uma educação e por isso fazem
este papel imbecilizado, nem sempre dinheiro põe a mesa.
“Choro
é sinal de força. Quem chora tem coragem, e um atleta deve descarregar sua dor.”
“Na
minha vida, perdi mais do que ganhei. Com todo mundo é assim. Mas a vitória,
mesmo, que fica, é a da constante superação e dos valores que passamos,
independentemente dos números.”
Vejo
recentemente outro grande jogador sempre a dar entrevistas, ou não dar
entrevista porque não se considera respeitado no time a qual defende a camisa,
enquanto que outro grande jogador seu rival por excelência não chuteira de
ouro, é amado e respeitado pela torcida e pelo clube no qual defende a camisa.
E de
novo me vem a mente a referencia de Seedorf, que é preciso reconhecer e não esquecer
as suas origens, mas acrescento ainda que não só reconhecer as suas origens
como ter espírito esportivo e acima de tudo humildade, acho que um jogador que só pensa e ser melhor que o outro, em querer marcar tantos gols quanto o
outro, ou ser premiado mais que outro, na verdade não está a ser exemplo de
nada além da mera competição. Claro, o objectivo de qualquer equipe de futebol é
ganhar a partida, o campeonato, mas, se não se tem humildade para se ganhar, não é, não minha visão leiga
de futebol, merecedor de prémio nenhum.
E concretizo
com a frase de Seedorf que resume um pouco o que é na essência o espírito
esportivo, sorte teve os antigos craques do futebol, de décadas passadas que
jogavam por amor ao clube e a arte de driblar, não tinham salários milionários e
por isso valorizavam cada partida como se fosse a ultima e acima de tudo respeitavam a sua torcida
“O
futebol me dá a possibilidade de ajudar o mundo a melhorar. Quero dar minha
parte. É algo que vou descobrir à medida que vou fazendo e que já está em mim
desde pequeno.”
Que cada um de nós possa também dar a nossa parte para a construção de um mundo melhor.
Bom
resto de semana a todo!
Lilia Trajano