Teu silêncio arrebenta minha alma.
Sei que não mereço nada, minhas lágrimas querem deixar de cair mas meu coração continua a chorar pelo teu silêncio.
Mastigo o fruto do nada e percebo como a vida dá voltas, penso que poderia ter sido diferente, mas a trajectória do grito chegou ao seu ouvido e não há nada que possa silenciar este momento, ele é real e a vida se transforma no que é.
Quem mandou seguir destino? Quem mandou querer falar o que ia no teu coração? Agora o silêncio mata, atropela, enforca e a vida vai se esvaindo nessa dor.
Que poeta pode resistir a tanta dor sem criar? Serei eu poeta nestas horas ao romper meu silêncio, teu, não sei? Talvez, medo? De ferir, já me feri no silêncio que teima em seguir omnipotente sem perceber que coração de poeta ama incondicionalmente, serei poeta por amar assim? Serei livre por não saber conter meus medos, silencio, momentos sentimentos? O que me difere de ti? Eu romper as barreiras a que tu me impuseste só por dizer: SIM
Teu silêncio acaba com o ar dos meus pulmões, eu arrebento como um balão que cheio demais explode no ar. Afinal o que é amar? O que é ser sentimento? É ter um coração vazio porque o teu silêncio esqueceu que antes do tempo éramos um som?
Teu silêncio me faz dizer não, pão, grão…
Não sei dizer não, nem porque, mas sei perceber quando erro e tento na vírgula seguinte o perdão.
Perdão!,
Lilia Trajano
2 comentários:
Não sei o que comentar. So que isso não me deixa dormir.
Obrigada Iza pelo teu comentário e desculpa se meu poema não te deixou dormir.
Sou poeta e escrevo com me vem a alma.
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