Cartas Lisboetas te saúda

Bom dia, boa tarde e boa noite.
Sejam bem-vindos ao meu blog, ele foi criado partindo da ideia de uma amiga sobre a minha escrita.
Tentarei postar alguns momentos descritos por mim como uma carioca que resolveu há 9 anos viver em Lisboa.
Espero não decepciona-los, um abraço e sejam bem-vindos a minha pequena morada.
Lilia Trajano

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Tempo...


O tempo…

O tempo não existia antes do próprio tempo, foi um vazio que se foi construindo.

Segui rumo ao norte porque lá sabia, encontraria a verdade esculpida em algum barro da terra. A verdade era obscura, mas se revelou ouvindo Oásis de Bethânia, que coisa linda, eu não ando só. Disseram coisas sobre a Carta de Amor, talvez por não terem compreendido a essência da verdade ali apresentada.

O tempo chegou enfim, com sol e em alguns lugares chuva. Deus prepara tudo por algum sentido, os humanos ficam a espreitar tentado compreender porque Deus escreve torto em linhas certas. Eu não compreendo nada, quero viver.

A vida surge como um dom divino, para que a gente possa seguir a jornada nela destinada, sendo melhores do que ontem, mas simples do que seremos amanhã. 

Vivo ainda momentos de emoção, pelo carinho de Bethânia. 

Que bom existir uma Biscoito Fino para nos presentear com qualidade. É aqui que o tempo se tornou concreto, mas não algo absurdo, como o cimento no muro, algo palpável, simples e belo.

O tempo começou a existir, não na minha existência, antes dela e além dela ele continuará a ser. E o nosso papel é agradecer por esse tempo, a todo instante, a todo momento.

Seja o que for real será sempre o que sou, transparente, mesmo que isso magoe quem passe por mim é assim meu ser. A liberdade já nasceu comigo, e amadureceu em mim, aprendi também a compreender o outro, e a perdoar mesmo sendo difícil porque a dor quando se instala em nós, nos arrebenta a alma, nos faz duvidar da fé, “tenho que te engolir para te cuspir de novo” diz Bethãnia, em sua Carta de Amor. 

Enfim, prossigo, a vida continua indo, em frente, brilhando, sendo solto como um pássaro a voar em busca de um lugar para pousar seu ninho.

O tempo continuará a existir, após o fim do tempo.

Eu a espera estarei de novos sons, novo show, nova lua a brilhar na paisagem.

Lisboa, 17 de Maio de 2012
Lilia Trajano

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