Quando se é menina queremos logo crescer para sermos como nossa irmã mais velha, tia ou nossa mãe. Queremos ter seios grandes e poder usar batom, rímel e salto alto.
Depois entramos na adolescência e achamos muito chato ter dores do período, dores menstruais, sofremos com isso, parece que o mundo vai acabar, nos contorcemos, tomamos remédio, ficamos de cama e a dor nada, que saco.
Nos tornamos adultas e começamos a curtir a vida, levamos tudo na maior liberdade, nos sentimos verdadeiramente MULHER.
Algumas de nós, se tornam mães, outras seguem sendo tia, e a vida vai indo, as dores nos habituamos a ela, o incomodo de três a cinco dias torna-se parte da rotina de todos os meses.
Até que a saúde nos prega uma peça e somos obrigadas mais cedo do que o costume, encerarmos o ciclo menstrual. No inicio é um alivio, não teremos que nos preocuparmos com dores incomodas, não gastamos mais com pensos higiénicos, absorventes nas farmácias e podemos continuar curtindo a vida. Entretanto, se torna um tédio sabermos que não menstruamos mais e agora sofremos com calores, ansiedades, uma sensação de vazio, de que a beleza que nos tornavam distinta, se perde na monotonia do dia.
Então é que descubro como era bom saber que todo mês eu sangrava, e agora sigo com essa sensação de que algo me escapa por entre os dedos das mãos.
Mas o mistério da vida, continua bonito, continuamos mulheres apesar de uma parte de nós já não existir dentro de nós.
Boa semana a todos e viva a Rainha do Mar Iemanjá
Lilia Trajano
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