Sigo o momento do confronto onde a politica do honesto tenta enganar a ele próprio, mal sabe ele que ninguém arma nada contra ninguém, é sempre alguém.
Tenho dito por ai que a vida não é piada, mas acho uma graça danada de ver pessoas culpadas jogando como inocente. Então sou inocente, sento na mesa do bandido, bebo com ele, recebo seu dinheiro, conto, confiro e depois eu digo: não é bem assim, na verdade eu recebi o dinheiro e devolvi. Fala serio tão gozando com a minha cara, ah, é claro, esqueci que sou palhaço, passei uma boa parte da vida mascarada e fazendo a criançada sorrir, fala serio que eu não sou conivente eu apenas usufrui de um bem de forma honesta, depois devolvi, o problema é que só se viu o receber, o devolver ninguém viu.
Não tenho casa não, vivo humildemente na minha pobre casinha pequena na favela, ando de transporte, mas propriamente de moto táxi, porque o rendimento vai para o patrão e assim eu posso contar a nota que recebo tranquilo sem amolação de não ter onde estacionar se tivesse um carro, fala serio tão gozando com a minha cara. Achava que o circo já tinha levantado a tenda afinal ficaram os malabaristas para fazer os acertos finais.
Quem te viu e se iludiu, quem foi que se enganou ou sempre soube ser enganado mas jogou apostando todos os trunfos que nunca seriam pego com a boca na botija, fala serio to de malas prontas e cansada, mas na verdade é porque vou fazer anos e o peso da idade chega e agente vai se decepcionado, olhando noticias, vendo imagens, assistindo a vídeos e não me venha dizer que é montagem, porque o próprio admitiu que esteve lá e que sabia que estava sendo filmado portanto, não há presunção de inocência com a culpa na base.
Fala serio porque se assim for os nazistas de Auschwitz não existiram nem o massacre e dizimação de judeus foi tudo armação para alguém inocente testar a bomba de Hiroxima.
Lilia Trajano Lisboa, 3 de Dezembro de 2011
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